sábado, 27 de agosto de 2016

Tabela periódica II - Propriedades periódicas e aperiódicas

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Uma das ferramentas mais importantes de um químico.

Módulo: Tabela periódica

   Dizemos que um fato é periódico quando um intervalo se repete de forma igual. Isto se aplica à Química. Por exemplo, se fizermos um gráfico relacionando o número de elétrons na camada de valência com o número atômico para os 20 primeiros elementos, o resultado será este:


Propriedades aperiódicas
  • Massa atômica: a massa atômica cresce de acordo com o número atômico, e não de acordo com os períodos ou família. Por isso, a massa atômica é uma propriedade aperiódica;
  • Calor específico: a quantidade de calor necessária para aumentar em 1º C a temperatura de 1 g do elemento diminui com o aumento do número atômico.

Propriedades periódicas

  • Raio atômico: é a distância entre o núcleo do átomo e o núcleo de outro mesmo átomo. Isto dividido por dois, resulta no raio atômico. Quanto maior o período, maior o número de camadas do átomo, então, maior será o seu tamanho. E, quando se aumenta o número de elétrons de valência (a família), o número de prótons também aumenta, e ele atrai mais os elétrons, diminuindo o átomo. Ou seja: O raio atômico cresce com o aumento do período e diminui com o aumento da família.
  • Energia de ionização: também chamado de potencial de ionização, determina a quantidade de energia necessária para retirar um elétron de um átomo. Metais, por se tornarem cátions facilmente, possuem baixas energias de ionização, enquanto ametais, por terem tendencia a ganhar elétrons, possuem altas energias de ionização. Os gases nobres possuem as maiores energias de ionização, já que, como eles são estáveis, é extremamente difícil tirar um elétron deles. A energia aumenta conforme aumentam o número de elétrons retirados. Ela aumenta com o aumento da família e diminui com o aumento do período.
  • Eletroafinidade: chama-se eletroafinidade ou afinidade eletrônica a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo neutro no estado gasoso. Esta aumenta com o aumento da família, e diminui com o aumento do período. Os gases nobres não possuem esta energia.
  • Volume atômico: é o volume de 1 mol de um átomo. O volume atômico cresce periodicamente com o numero atômico, desta forma:

  • Densidade absoluta: relação de massa e volume. Cresce periodicamente deste modo:
  • Ponto de fusão e de ebulição: As temperaturas nas quais os elementos entram em fusão ou em ebulição são, também, funções periódicas de seus números atômicos.

O Carbono é a única exceção, com ponto de fusão de 3550 ºC, o elemento com maior ponto de fusão e ebulição.

É interessante notar que os elementos de menores pontos de
fusão e de ebulição são aqueles que podem se apresentar no estado
líquido, ou até mesmo no gasoso, em condições ambiente.


Tabela periódica I - Introdução e organização da tabela periódica

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Uma das ferramentas mais importantes de um químico.

Módulo: Tabela periódica
Introdução

   Em 1869, um professor de Química da Universidade de São Petersburgo (Rússia), Dimitri Ivanovich Mendeleev (1834-1907), estava escrevendo um livro sobre os elementos conhecidos na época — cerca de 63 —, cujas propriedades ele havia anotado em fichas separadas. 

   Ao trabalhar com suas fichas, ele percebeu que, organizando os elementos em função da massa de seus átomos (massa atômica), determinadas propriedades se repetiam diversas vezes, isto é, eram propriedades periódicas.

   Tabelas modernas mostram, no entanto, que os átomos estão em ordem crescente de acordo com o número atômico, e não da massa atômica, como se pensava anteriormente a partir da Lei da Periodicidade, de Henry G. J. Mosley:

"Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na seqüência de seus números atômicos."

Organização

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   A tabela está dividida em linhas, chamadas períodos, que variam de 1 a 7, e em colunas, chamadas de famílias ou grupos.
   O período em que o elemento se encontra determina seu nível de energia. Quanto maior o período, maior seu nível energético. 
   A família do elemento determina suas propriedades. Por exemplo, o sódio está na família 1A, e o potássio também. De acordo com e Lei da Periodicidade, eles terão propriedades semelhantes, o que realmente ocorre. A família pode ser numerada de forma absoluta, de 1 a 18, ou com um número e letra.
   Os elementos da família A são chamados de representativos (1, 2, 13, 14, 15, 16, 17, 18/0), e os da B são chamados de metais de transição (3~12). Os representativos possuem seu elétron mais energético no subnível s ou p. Os de transição possuem o subnível d incompleto. Há ainda os de transição interna, chamados de lantanídeos e actinídeos, que possuem o subnível f incompleto. Eles estão abaixo da tabela periódica.

Classificação dos elementos

   Os elementos podem ser classificados (de forma menos detalhada) de acordo com sua tendência de ionização ou propriedades. Veja suas características gerais:
  • Os metais tem tendência a perder elétrons, possuem boa condutividade elétrica e térmica, possuem brilho característico, são dúcteis, maleáveis, e possuem pontos de fusão e ebulição relativamente altos. Eles podem existir no ambiente isolados através da formação de ligas metálicas;
  • Os semimetais possuem características intermediárias entre metais e ametais. Esta nomenclatura está ultrapassada, e os elementos deste grupo devem ser considerados metais ou ametais dependendo da situação;
  • Os ametais tem tendência a ganhar elétrons, e possuem propriedades contrárias aos metais;
  • Os gases nobres constituem uma única família (8A). Estes elementos não tem tendência a ganhar nem perder elétrons, como veremos a seguir;
  • O hidrogênio não se enquadra em nenhuma família. Ele encontra-se na posição da família 1A devido a sua valência 1s¹. Ele tem tendência a ganhar elétrons, logo, é um ametal.

  • Os elementos da família 1A ou grupo 1 (Li, Na, K, Rb, Cs, Fr) são chamados de metais alcalinos, devido à sua capacidade de se unir a hidroxilas, formando bases. Estes elementos são os elementos mais reativos da tabela periódica, e reagem violentamente com a água. Possuem a configuração ns² np¹, tendo tendência a perder 1 elétron para se igualar ao hélio;
  • Os elementos da família 2A ou grupo 2 (Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra) são chamados de alcalinoterrosos, porque também formam bases, e seus óxidos antigamente eram chamados de terra, Também são altamente reativos, e tendem a perder 2 elétrons;
  • Os elementos da família "B" ou grupo 3~12 são os metais de transição. Eles possuem o subnível d ou f incompleto, e possuem propriedades semelhantes aos metais, apesar de serem intermediárias. Estes elementos possuem variados estados de oxidação;
  • Os elementos da família 3A (B, Al, Ga, In, Tl) ou grupo 13 tendem a perder 3 elétrons (com exceção com boro). Já existe um ametal na família, o boro. Esta exceção se estabiliza com 6 elétrons, ou seja, deve ganhar 3 elétrons.
  • Os elementos da família 4A (C, Si, Ge, Sn, Pb) ou grupo 14 possuem maior caráter ametálico que a família 3A. Os elementos deste grupo possuem valência 4, com tendência a ganhar 4 elétrons. O único metal da família é o chumbo (Pb), que pode perder 2 ou 4 elétrons. O elemento mais importante dessa família é o carbono, que é essencial à vida;
  • Os elementos da família 5A (N, P, As, Sb, Bi) ou grupo 15 já possuem um alto caráter ametálico. Os ametais deste grupo tendem a ganhar 3 elétrons;
  • Os elementos da família 6A (O, S, Se, Te, Po) ou grupo 16 são chamados de calcogênios (formadores de cobre), pois os minérios de cobre possuem compostos com estes elementos. Ex. CuS. Os elementos dessa família tem tendência a ganhar 2 elétrons. O elemento mais importante dessa família é o oxigênio, que participa dos mais diversos compostos e reações;
  • Os elementos da família 7A (F, Cl, I, Br, At) ou grupo 17 são chamados de halogênios, que significa formador de sais. Os elementos deste grupo estão entre os mais eletronegativos, e tendem a ganhar um elétron;
  • Os elementos da família 8A ou grupo 18 ou 0 (He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn) são os elementos fundamentais, os gases nobres. Quando um metal perde elétrons ou um ametal ganha, é com o objetivo de que sua configuração eletrônica fique igual a de um gás nobre, pois os gases nobres possuem uma configuração que obedece à regra do octeto (com exceção do He, que se estabiliza com 2 elétrons). Por essa razão, os gases nobres só são encontrados isolados no ambiente, e são extremamente difíceis de reagir. Daí o nome nobres.





sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Estequiometria VI - Casos específicos

A estequiometria pode ser usada para prever reações químicas.
  Módulo: Estequiometria
Pureza

   Certas vezes um reagente utilizado numa reação não está na sua forma 100% pura. Isto é, parte do material que originou aquela substância possui outras substâncias, denominadas impurezas. O exemplo mais claro disso é na metalurgia, em que o minério possui impurezas que não reagirão. Quando falamos de pureza, nos referimos a porcentagem da substância em determinada amostra.

OBS: Se a questão informar a pureza, multiplique a porcentagem pela amostra informada, para descobrir a quantidade do reagente e realize o cálculo estequiométrico normalmente.

Rendimento

   Não são só os reagentes que afetam uma reação. Fatores ambientais, calor, pressão... Vários fatores podem afetar uma reação e o quando ela produzirá. Rendimento é definido como a porcentagem de produção de uma reação. Todo o reagente vai reagir, porém será produzido menos do que o esperado, devido a algum fator que não vai interessar, no caso do cálculo.

OBS: Se a questão pedir o rendimento, basta resolver como se fosse uma questão de pureza: calcule quanto era para ser produzido a partir daquele reagente, e faça a porcentagem com o que foi produzido.

Reagente limitante e em excesso

   Durante todo o módulo, os reagentes estavam totalmente proporcionais. Não havia excesso nenhum, e os reagentes se complementavam perfeitamente. Porém, pode acontecer de haver mais reagente A do que o necessário para reagir com a quantidade de B, por exemplo. O que ocorre nesse caso?
   É bem simples: o reagente A é o reagente em excesso, pois existe em maior quantidade, em termos proporcionais com B. O que ocorre é que este excesso não vai reagir, pois não há reagente B suficiente para reagir com o excesso do A. O que sobrou vai continuar sendo A, sem reação. Por isso, chama-se o reagente B de reagente limitante, pois ele define o máximo que poderá ser produzido.


Reações sucessivas

   São duas ou mais reações que se complementam, e podem ser unidas em uma só, chamada equação global. Vamos resumir as etapas da chuva ácida:

OBS: A equação global já estará balanceada depois do processo.

   Este processo é uma forma de facilitar o cálculo. Como o exemplo anterior, se a questão der a massa de S8 e pedir a de ácido sulfúrico (H2SO4), substituir na equação global é bem mais simples do que seguir cada etapa. Por isso, é importante aprender os passos para condensar equações.


Estequiometria V - Relação massa-volume (CNTP)

A estequiometria pode ser usada para prever reações químicas.
  Módulo: Estequiometria
Volume molar nas CNTP

   Para resolver os exercícios envolvendo volume molar, temos que recorrer à Lei de Avogadro, que afirma:

"Volumes iguais, de quaisquer gases, nas mesmas condições de pressão e temperatura, contêm o mesmo número de partículas"

   Ou seja, 3 litros de gás hidrogênio vão ter o mesmo número de átomos/moléculas/íons que 3 litros de gás nitrogênio. Sabendo disso, podemos calcular o valor que corresponde a 1 mol de qualquer gás nas CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão: 0º C ou 273 K, a 1 atm de pressão), através da Equação de Clapeyron
   O valor encontrado segundo livros antigos é 22,4 L/mol, porém, experimentos comprovaram que o valor correto é, na verdade, 22,7 L/mol. Este valor se aplica a qualquer gás.

   Vamos utilizar este conhecimento para resolver alguns exercícios:

Exercícios




Funções Inorgânicas II - Base

As substâncias inorgânicas compõem 95% da natureza
Módulo: Funções Inorgânicas

Bases de Arrhenius

   Segundo Arrhenius, bases são definidas como:

Compostos iônicos que em meio aquoso dissociam, liberando o ânion OH-.

Ex.: NaOH, Ca(OH)2, Mg(OH)2
   É importante destacar que as bases não ionizam, e sim dissociam. Num composto molecular não existe íons, pois os átomos compartilham elétrons, não há transferência. Quando ácidos (que são moleculares) reagem com água, a ligação covalente é quebrada, formando os íons. 
   Já nas bases, que são compostos iônicos, os íons já existem. A água só faz com que os íons se separem, ficando dispersos em meio aquoso. A isso damos o nome de dissociação iônica.

Força e solubilidade

   A força de uma base é medida pelo cátion (geralmente um metal) que está junto ao OH-. 
Bases fortes: Metais alcalinos (1A) > Metais alcalinoterrosos (2A, com exceção do Mg) 
Bases fracas: Outras bases, incluindo o Mg(OH)2 e a exceção à regra dos metais, NH4(OH) (Hidróxido de amônio).

Bases solúveis: Metais alcalinos (1A) e NH4(OH)
Bases pouco solúveis: Metais alcalinoterrosos (2A)
Insolúveis: Outras bases.

Nomenclatura

Hidróxido de "X"

   X é o nome do cátion. Exemplo: NaOH -> Hidróxido de SÓDIO

OBS: Para bases formada por cátions com nox variáveis:
Ex.: Fe(OH)3 -> Hidróxido de ferro (III) OU Hidróxido férrico
        Fe (OH)2 -> Hidróxido de ferro (II) OU Hidróxido ferroso

Bases importantes

  • Hidróxido de cálcio [Ca(OH)2]: usado em construções, chamado também de cal hidratada.
  • Hidróxido de magnésio [Mg(OH)2]: usado como antiácido estomacal. É também chamado de leite de magnésia.
  • Hidróxido de sódio [Na(OH)]: Usado para desentupir pias e ralos. É extremamente tóxico e corrosivo. 


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Estequiometria IV - Número de Avogadro e relação quantidade-massa

A estequiometria pode ser usada para prever reações químicas.
  Módulo: Estequiometria

Número de Avogadro

   No final do século XVIII e no início do século XIX, o físico Amedeo Avogadro afirmou que, nas mesmas condições de volume, temperatura e pressão, dois gases diferentes possuem a mesma quantidade de "partículas". Com vários testes experimentais, Avogadro chegou ao número (aprox.): 


   Sabendo disso, daremos continuidade aos exemplos de Estequiometria.

Quantidade ~ massa






Funções Orgânicas II - Ácido carboxílico, aldeído, cetona e éter

A acetona faz parte da função oxigenada cetona.

      Funções Orgânicas
Ácidos carboxílicos:


São definido pelo grupo de carboxila (-COOH), esses compostos são ácidos fracos, mesmo assim é o composto orgânico mais ácidos. Quando têm mais de 10 carbonos, são conhecidos como ácidos graxos. Um ponto relevante é que esses ácidos estão presente no suor humano, o que faz com que alguns animais reconheçam seus donos pelo cheiro

NOMENCLATURA OFICIAL E USUAL

Oficial -
A nomenclatura oficial é parecida com a nomenclatura dos hidrocarbonetos, apenas ocorrendo uma troca na terminação para –óico e adicionando a palavra ácido na frente do nome. Já a numeração é feita começando pelo carbono da carboxila ( ex.: ácido etanóico). Resumindo  Ácido Prefixo + (AN, EN ou IN) + ÓICO

Usual –
Já aqui leva em conta o lugar onde são encontrados esses compostos, sendo impossível criar uma regra pra ela. Resumindo Ácido + Complemento.
Tabela dos nomes usuais :

1 carbono
Acido fórmico (ácido metanoico) encontrado na formiga
2 carbonos
Ácido acético (ácido etanóico) vinagre
3 carbonos
Ácido propiônico
4 carbonos
Ácido butírico  (ácido butanoico) Manteiga  rançosa
5 carbonos
Ácido valérico (ácido pentanóico) planta valeriana
6 carbonos
Ácido capróico (ácido  hexanóico) encontrado em caprinos

  
Ésteres:

São compostos derivados dos ácidos carboxílicos, em que há a substituição do hidrogênio da carboxila (-COOH), por algum grupo orgânico, que pode ser um radical alquila (R) ou arila (AR). Formados a partir da reação de um ácido carboxílico com um álcool (reação de esterificação).

                            R- COOH  +  R' - OH  -->  R - COO - R'  +  H2O

O grupo funcional dos ésteres também pode ser representado da seguinte forma:
 


NOMENCLATURA OFICIAL
Cadeia do Radical do Ácido (R) + OATO de + Radical do Álcool (R') exemplo:

O: etanoato de metila

                                                             
                 
Aldeídos:

São uma função orgânica cujas moléculas apresentam o grupo formila (H-C=O) ligado a um radical alifático (de cadeia aberta ou fechada) ou aromático. A fórmula básica dos aldeídos é a de um álcool correspondente em número de carbonos menos dois átomos de hidrogênio, ou ainda, a substituição de dois átomos de hidrogênio de um hidrocarboneto por um de oxigênio. Uma curiosidade os aldeídos de menor massa molecular apresentar odor desagradável.


NOMENCLATURA DOS ALDEÍDOS  E USUAIS

Aldeídos - Deve-se nomear os radicais ligados à cadeia principal, nomear a cadeia quanto ao número de átomos de carbonos e à saturação das ligações, e completar com o sufixo "AL". Exemplo:

But + an + al = Butanal



Usuais - Alguns aldeídos possuem nomenclatura usual reconhecida pela IUPAC, embora alguns professores tenham certa resistência em aceitá-las oficiais:




Informações adicionais:

Os aldeídos podem ser obtidos pela redução de ácidos carboxílicos, ou pela oxidação parcial de álcoois em meio ácido:
                                                        C2H5OH + ½ O2 -> C2H4O + H2O
Outra forma de sintetizar um aldeído a partir de um álcool é desidrogená-lo cataliticamente utilizando algum metal que absorva H2 (platina, paládio, ródio).

                                                       
Cetonas:
As cetonas são compostos orgânicos que contém o grupo funcional carbonila ligado à dois radicais.

Carbonila

As cetonas são obtidas através da oxidação de álcoois secundários (o oxigênio se ligará ao hidrogênio do carbono secundário, o que é muito instável), que formará então a cetona + água:


NOMENCLATURA OFICIAL E USUAL


Oficial- A nomenclatura oficial é praticamente igual à dos hidrocarbonetos, apenas trocando o final O por ONA, e na nomenclatura usual, os radicais são unidos em uma só palavra (por número de carbonos, o menor primeiro), seguidos de cetona.

Usual- Nesse tipo de nomenclatura, a carbonila é separada e tudo que estiver ligado a ela é considerado um substituinte. Esses substituintes são mencionados em ordem de complexidade.


                                                                     
Éteres:

Os éteres são compostos orgânicos que possuem o elemento oxigênio entre dois carbonos:
Grupo funcional dos éteres →    
                                                       |                | 
                                                  — C — O — C —
                                                      |               | 

Eles podem ser obtidos pela condensação de moléculas de álcoois e/ou fenóis, com eliminação de água:
R — OH + HO — R’ → R – O — R’+ H2O
álcool + álcool        →        éter + água

A nomenclatura desses compostos pode ser realizada de duas formas:


Esses compostos são mais aplicados como solventes em reações orgânicas e para extrair essências, óleos e gorduras. Visto que o etoxietano é o melhor solvente para extrair a cocaína das folhas de coca, a comercialização desse éter é controlada.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Climas

Paisagem de clima temperado.

FATORES CLIMÁTICOS

    Os elementos do clima são representados por algumas características físico-químicas da atmosfera, dentre as quais se destacam a temperatura, a pressão e a umidade, cujas condições momentâneas estabelecem o tempo atmosférico. Dentre eles, pode-se citar:

Fatores geográficos estáticos
• Latitude;
• Altitude;
• Maritimidade;
• Continentalidade.

Fatores geográficos dinâmicos
• Massas de ar;
• Vegetação;
• Relevo;
• Correntes marítimas.

TEMPO E CLIMA

    O tempo é um estado momentâneo da atmosfera, já o clima é um padrão ou uma sucessão habitual do tempo estabelecido pela influência dos fatores geográficos sobre os elementos climáticos.

CLIMA BRASILEIRO


Créditos ao Sua Pesquisa.


    O clima brasileiro é influenciado principalmente pela latitude, pela altitude e pelas massas de ar. O predomínio de baixas latitudes e de baixas altitudes justifica as altas temperaturas na maior parte do território nacional. São exceções a região Sul, situada na zona temperada, e as regiões serranas, que apresentam altitudes mais elevadas. Essas áreas podem apresentar temperaturas mais amenas em determinadas épocas do ano. A influência da massa Polar Atlântica provoca quedas de temperaturas em quase todo o território nacional durante o inverno.
    De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes: 

Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro a março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20ºC. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida. 

Clima Semi-árido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano. 

Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais. 

Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado. 

Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno. 

Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.

MASSAS DE AR NO BRASIL

Créditos ao Sua Pesquisa.

Massa Equatorial Atlântica 
• Características: quente e com elevada umidade. 
• Origem: Oceano Atlântico, na região da linha do Equador. 
• Onde atua: principalmente nos estados do nordeste brasileiro. 

Massa Equatorial Continental
• Características: quente e úmida 
• Origem: Amazônia, região central do estado do Amazonas. 
• Onde atua: no inverno atua, principalmente, nos estados do Amazonas, Acre e Roraima. Já no verão, atua numa área maior, atingindo também os estados da região centro-oeste do Brasil, podendo atingir também as áreas oeste dos estados de São Paulo e Minas Gerais. 

Massa Tropical Atlântica
• Características: quente e úmida. 
• Origem: Atlântico Sul 
• Onde atua: no verão atua mais nos estados das regiões sudeste e sul. Já no inverno, pode atingir também as regiões nordeste e centro-oeste. 

Massa Tropical Continental 
• Características: quente e com baixos índices de umidade. 
• Origem: região nordeste da Argentina 
• Onde atua: de baixa intensidade, atinge somente os estados que fazem fronteira com Paraguai e Argentina. 

Massa Polar Atlântica 
• Características: fria e úmida. 
• Origem: Antártida (polo sul) 
• Onde atua: no inverno sua ação é intensa. Atua, principalmente, nos estados do sul e Sudeste do Brasil. É responsável pelo frio e baixas temperaturas no inverno nestas regiões. Essa massa de ar pode também, no inverno, atingir o litoral nordestino, baixando as temperaturas e provocando chuvas. Pode atuar também, no inverno, na região da Amazônia.

CLIMA MUNDIAL


    No mundo existem vários tipos de climas que se diferem de acordo com a localização geográfica, são determinados principalmente do modo como os raios incidem na superfície terrestre. Acima, a classificação climática de Köppen-Geiger sobre os climas do mundo. Os principais climas são:

• Clima tropical (A);
• Clima árido (B);
• Clima temperado, temperado quente ou subtropical (C);
• Clima continental ou temperado frio (D);
• Clima glacial (E);

CLIMOGRAMAS


    Os tipos climáticos são diferenciados basicamente por suas características de temperatura e precipitação, representadas em gráficos conhecidos como climogramas. Observe no mapa acima que a média anual de precipitação no clima equatorial é mais alta que em regiões de clima desértico. Além disso, é possível observar a diferença de temperatura entre os países de clima polar e de clima tropical. Sabendo das características de cada clima, é possível determinar qual climograma corresponde ao mesmo.

Já chegou o disco voador!