sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

"That" pode ser usado no sentido de "que"?


   Essa é uma dúvida muito comum, principalmente no Brasil: "that" pode ser usado no sentido de "que"? 

   A resposta é sim. "That" pode e deve ser usado tranquilamente no sentido de "que":
  • Ana said that she was tired. (Ana falou que estava cansada.)
  • I think that it's not a good ideia. (Eu acho que não é uma boa ideia.)
  • I've been pensative about the thing that you said to me yesterday. (Eu estive pensativo sobre a coisa da qual você me falou ontem.)
   No entanto, o "that" pode ser omitido nas frases em que o "que" assume papel de:
  • Conjunção subordinativa integrante. Traduzindo: o "that" pode ser omitido quando este iniciar uma oração subordinada, ou seja, que depende da anterior.
  • Pronome relativo (que retoma o termo anterior), quando o termo seguinte ao "que" for um nome. (3ª frase por exemplo, em que o termo é "you")
  • Ana said she was tired. * Falta o that. *
  • I think it's not a good ideia. * Cadê o that?! *
  • I've been pensative about the thing you said to me yesterday. * Minha vida foi uma mentira... *
   Por isso para nós é muito estranho, pois a frase ficaria no sentido de "Ana falou estava cansada", mas as duas frases possuem exatamente o mesmo sentido. A omissão do "that" é mais usada, portanto é recomendado que se aprenda a omitir o "that" quando necessário, mas novamente ressaltando que não tem nada errado em usá-lo!

   No entanto, tome cuidado em frases desse tipo:
  • A conjuction is a word that connects parts of sentence. (Uma conjunção é uma palavra que conecta partes de uma frase.)
   Nesse caso, "that" é um pronome relativo, em que o termo seguinte é um verbo. Logo, seu uso é obrigatório nesse caso. Então não vai cair nessa!

  •    I want that doll, mom! (Eu quero aquela boneca, mãe!)
   Aí o uso do that é obrigatório, pois o "that" atua sendo um pronome demonstrativo, então ele indica o lugar de algo, no caso, a boneca.


Funções Orgânicas V - Amida

Fertilizantes agrícolas são produzidos a partir de uma amida, a ureia.

      Funções Orgânicas
Definição

   Amidas, por definição, são compostos derivados teoricamente do NH3 pela substituição de um hidrogênio por um grupo acila. A fórmula geral da amida é expressa da seguinte forma: 


   No lugar do radical (R), pode existir apenas um hidrogênio ou então um grupo alquila ou arila. Na imagem a seguir, aparecem os exemplos respectivos:


   Há também compostos mistos, em parte amida, em parte amina. Isso acontece quando o grupo alquila ou arila substituem um ou os dois hidrogênios ligados ao átomo de nitrogênio da fórmula geral da amida. Caso seja um hidrogênio, ela será classificada como amida N-monossubstituída, e caso seja os dois, será chamada de amina N,N-dissubstituída. A letra N indica nitrogênio.


   Além delas, são comuns amidas secundárias cíclicas, chamadas de imidas.


Nomenclatura das amidas

   A nomenclatura das amidas é baseada na nomenclatura dos ácidos carboxílicos. Basta trocar a terminação ÓICO (IUPAC) ou ICO (usual) por AMIDA. Veja a seguir:


Presença das amidas


   A amida mais importante no cotidiano é a ureia. Ela é um sólido branco, cristalino, solúvel em água e constitui um dos produtos finais do metabolismo dos animais, sendo eliminada pela urina. Esse composto orgânico está presente em adubos, na alimentação do gado, como estabilizador de explosivos e na produção de resinas e medicamentos (sedativos, hipnóticos etc.).


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Funções Orgânicas IV - Amina

A trimetilamina e a piridina são responsáveis pelo cheiro de peixe podre.

      Funções Orgânicas
Definição

   Aminas, por definição, são compostos teoricamente derivados do NH3, pela substituição de um, dois ou três hidrogênios por grupos alquila ou arila. Dependendo da quantidade de substituições, a amina pode ser considerada primária, secundária ou terciária. 


   As aminas também podem ser classificadas como alifáticas ou aromáticas, de acordo com a cadeia carbônica.


   Por último, conforme o número de grupos amina na cadeia carbônica, as aminas podem ser classificadas em monoaminas, diaminas, triaminas, etc.


Nomenclatura das aminas

   Em aminas alifáticas, a nomenclatura tem o sufixo AMINA. Nas aminas aromáticas também se aplica a mesma regra, porém nomes especiais são mais comuns.


   Quando o grupo amina não fizer parte da cadeia principal deve-se considerá-lo como uma ramificação. Para expressar essa condição na nomenclatura, deve-se usar o prefixo AMINO, como nos exemplos a seguir:


Presença das aminas


 Em aminoácidos e proteínas, o que provoca um cheiro desagradável na decomposição de animais, como a trimetilamina e a piridina.

 Em anfetaminas, drogas que causam efeitos semelhantes à adrenalina.

Em alcaloides, os quais alguns causam dependência química no nosso organismo:

Nicotina, produzida na queima do cigarro;
Cafeína, presente no café, no chá preto e em alguns refrigerantes;
Morfina, medicamento utilizado para aliviar dores intensas ou induzir ao sono;
Coniina, componente da cicuta, uma planta venenosa;
Cocaína, extraída da folha da coca.


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Funções Orgânicas III - Haletos orgânicos

Funções orgânicas são grupos de compostos orgânicos que têm comportamento químico similar

Definição

   Haletos orgânicos, por definição, são substâncias derivadas dos compostos orgânicos pela troca de um ou mais hidrogênios por halogênios, F, Cl, Br, I.  Esses halogênios são os grupos funcionais, podendo ser classificados em: 


Fluoretos (F).
Cloretos (Cl).
Brometos (Br).
Iodetos (I).
Mistos (2 halogênios ou mais).

   Pela quantidade de halogênios, também são classificados como:

Mono-haletos (1).
Di-haletos (2).
Tri-haletos (3) etc.

   Há, ainda, uma classificação tocante à diferença de reatividade, que é dividida em: 

Haletos de alquila (quando o halogênio está ligado a um carbono saturado de um hidrocarboneto acíclico).


   Os haletos de alquila podem ser divididos em haletos primários, secundários e terciários. Isso depende se o carbono ligado a ele é primário, secundário ou terciário, respectivamente.

✔ Haletos de arila (quando o halogênio está ligado diretamente a um anel benzênico).


Nomenclatura dos haletos

    Na nomenclatura da IUPAC, o halogênio faz parte da ramificação da cadeia principal, como qualquer outra, recebendo um nome específico para cada grupo funcional. Por exemplo: 


   É importante ressaltar que, ao dar uma nomenclatura a uma cadeia carbônica, é necessária enumerá-la a partir da extremidade mais próxima do halogênio. Segue o modelo:


   Na nomenclatura usual, utiliza-se a classificação do grupo funcional + de + radical orgânico. Veja a seguir:


Presença dos haletos


   Os haletos, em geral, tratam-se de substâncias tóxicas. Dentre alguns haletos, podemos citar solventes, como o tetracloreto de carbono; inseticidas, como o BHC e o DDT; plásticos, como o PVC e o teflon; gases de refrigeração, como os freons; anestésicos, como o halotano e o clorofórmio; medicamentos, como a cloromicetina e sangue artificial, como a perfluordecalina.