domingo, 21 de agosto de 2016

Idade Média II - Baixa Idade Média

A Idade Média é o período intermediário da divisão clássica da História ocidental.

Módulo: Idade Média

    Após a queda do Império Romano, surge uma civilização com elementos greco-romanos, tradições germânicas e religião cristã. No século V, povos bárbaros fundavam reinos em algumas partes da Europa e no norte da África. 
    A seguir, você verá os um dos períodos da Idade Média: a Baixa Idade Média.

CRUZADAS

    O crescimento demográfico na Baixa Idade Média, decorrente do aumento da produção de alimentos e da cessação de guerras, gera um grande contingente de marginalizados. Isso resulta em insatisfação social e em busca por soluções econômicas.
    Ganhou espaço, nesse contexto, o avanço militar em direção ao Oriente, sob orientação da Igreja Católica, definido como Cruzadas. Seu objetivo era a conquista de Jerusalém, que estava sob o controle muçulmano; e sua principal motivação era facilitar o acesso de peregrinos cristãos à Terra Santa. O movimento cruzadista atraiu principalmente cavaleiros sem-terra, marginalizados na ordem feudal, porque abria-lhes a possibilidade de obter terras; mobilizou também servos marginalizados em busca de alternativas para a sobrevivência e da oportunidade de fazer uma peregrinação.
    As Cruzadas eram movidas à religiosidade cristã. E a Igreja via nelas, além do reforço da fé entre seus seguidores e da possibilidade de conquistar Jerusalém, um meio de estender sua influência para o mundo oriental e de enfraquecer a Igreja Ortodoxa. Havia ainda motivações comerciais, pois as Cruzadas criavam para os comerciantes a oportunidade de ampliar os contatos com Constantinopla. Isso levou prósperos mercadores de cidades italianas a apoiá-las. O movimento cruzadista, apesar do fracasso em obter o controle sobre Jerusalém, contribuiu para ampliar as relações comerciais e culturais com o Oriente através do Mediterrâneo.

RENASCIMENTO COMERCIAL


   O mar Mediterrâneo, principal rota de comércio marítimo, era dominado pelas cidades italianas de Gênova e Veneza, que comercializavam especiarias adquiridas principalmente em Constantinopla. No norte da Europa, consolidou-se uma associação de cidades que comercializavam através de rotas marítimas nos mares Báltico e do Norte, estendendo-se pelo litoral da Grã-Bretanha e da França. Era a chamada Liga Hanseática. No interior da Europa desenvolveram-se rotas terrestres em torno das quais surgiram inúmeras feiras. A mais destacada de todas era a da região de Champanhe.

RENASCIMENTO URBANO

    Ao longo das rotas, multiplicavam-se centros comerciais urbanos, chamados de burgos. Sua origem mais comum relacionava-se ao estabelecimento de comerciantes junto aos muros de um castelo. As cidades eram caracterizadas pela presença de uma muralha que cercava o centro urbano, no qual invariavelmente havia uma igreja. Esses comerciantes que se instalavam junto às muralhas solicitavam a proteção do senhor local, geralmente em troca de algum pagamento. Esses nobres, por sua vez, viam com interesse a formação das cidades e o desenvolvimento do comércio, e procuravam controlá-lo. Os interesses dos comerciantes das cidades – também chamados de burgueses – chocam-se com os dos nobres feudais, e aqueles lideram movimentos em busca de autonomia em relação a estes. Esse movimento levou os comerciantes à busca da autonomia –, conseguida mediante pagamento ao nobre – e à obtenção dos direitos de governo, através da Carta de Franquia.
    A concentração das atividades artesanais levou à formação das Corporações de Ofício, associações de produtores destinadas a proteger a atividade, evitar a concorrência e estabelecer o preço justo – soma do valor da matéria-prima utilizada e do valor da remuneração pelo trabalho. O desenvolvimento das atividades econômicas urbanas trouxe alterações significativas à ordem feudal dominante, na medida em que criaram um novo universo de valores associados às operações mercantis.

CENTRALIZAÇÃO DO PODER

    Em geral, os reis foram os grandes vitoriosos políticos das transformações ocorridas na Baixa Idade Média. Nesse período ocorreram diversas iniciativas centralizadoras: organização dos impostos e padronização da moeda; estruturação de um exército nacional comandado pelo rei. 
    Do ponto de vista da cultura, destacaram-se o florescimento do pensamento escolástico, em sua busca por conciliar razão e fé, e a criação de universidades. Na arquitetura, o estilo românico era marcado pelo caráter rústico, as poucas janelas e o interior obscuro, enquanto o gótico caracterizava-se pelo rebuscamento e pelos vitrais, que contribuíam para a luminosidade e o colorido no interior dos edifícios.
    A chamada “crise do século XIV” foi marcada pela Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, a partir de 1337. O conflito favoreceu a consolidação de ambas as monarquias. O período foi assolado também pela peste negra, que se alastrou pelas cidades insalubres da Europa, e por rebeliões camponesas. A conjugação de guerras, peste, rebeliões e fome provocavam histeria e alimentaram superstições populares. Na vitória francesa sobre a Inglaterra, na Guerra dos Cem Anos, destaca-se a participação da jovem Joana D’Arc. Sua trajetória alimentou a religiosidade cristã francesa e contribuiu para a construção da identidade nacional.

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