domingo, 21 de agosto de 2016

Idade Média I - Alta Idade Média

A Idade Média é o período intermediário da divisão clássica da História ocidental.

Módulo: Idade Média

    Após a queda do Império Romano, surge uma civilização com elementos greco-romanos, tradições germânicas e religião cristã. No século V, povos bárbaros fundavam reinos em algumas partes da Europa e no norte da África. 
    A seguir, você verá os um dos períodos da Idade Média: a Alta Idade Média.

REINOS BÁRBAROS

    Na Europa Ocidental, após a queda do Império Romano do Ocidente, temos a chamada formação dos Reinos Bárbaros, também chamados de Reinos Bárbaros Cristãos. Já não havia unidade em torno da cidade de Roma, o que configurou um período de fragmentação do poder político.
    Surgem diversos reinos, e uma de suas marcas é a fragilidade de seus governantes. Esses reinos tinham em sua estrutura de governo o que chamamos de comitatus – tradição germânica de divisão das terras entre guerreiros, encarregados de governá-las.
    Outro elemento importante nesse período é a participação do cristianismo no processo de formação da nova Europa. Durante esse período, a Igreja é a única instituição forte que sobreviveu à queda de Roma, e os soberanos dos reinos em formação dela se aproximavam em busca de legitimidade diante da população, como Clóvis, rei dos francos no século V.
    Nessa direção, na passagem do século VII para o VIII, Carlos Magno, o mais importante rei franco, chama a atenção por sua forte relação com a Igreja. Carlos Magno apresentou-se ao Papa para ser por ele coroado, no ano 800, e além disso foi o monarca que conquistou Roma e entregou seus territórios para a Igreja.
    Carlos Magno promove uma centralização do poder administrativo, que se destaca por tentar reforçar a aliança com a Igreja. Ele incentivou o estudo do latim, do grego, do direito e da filosofia com a criação de inúmeras escolas. Foi um período de forte efervescência cultural e produção artística muito ligada à religiosidade cristã. É conhecido como Renascimento Carolíngio.

FEUDALISMO

    O feudalismo é um sistema econômico, político e social centrado na terra. Nesse sistema, a agricultura é a atividade econômica mais importante, sendo a atividade comercial mínima.
    O período feudal é marcado pela insegurança, nos planos cultural e militar. A Igreja tem um papel fundamental ao abrigar os homens que buscam a salvação da alma; ela é o centro de identidade e integração do homem medieval, uma vez que não há mais Estado centralizado.
    Segundo a Igreja, a sociedade feudal dividia-se entre clero, nobreza e servos, e essa divisão atendia ao plano de Deus,
    Os servos recebem do senhor proteção e a terra que lhes permite a sobrevivência. Em troca, eles pagam uma série de obrigações. Dentre elas podemos citar a talha (tributo pago com uma parte da produção); a corveia (tributo pago por meio do trabalho compulsório em alguns dias da semana); e as banalidades (tributo pago em produtos pelo uso de ferramentas e instrumentos do senhor). Os servos ocupam o posto mais baixo na sociedade feudal.
    Entre os nobres (senhores feudais, cavaleiros) existe uma relação bastante importante denominada suserania e vassalagem. Nela, o suserano é o que cede o benefício, tradicionalmente uma porção de terra, e o vassalo é o que recebe o benefício. Suserano e vassalo consolidam a aliança fazendo um juramento solene, geralmente na presença do clero, em que ambos se comprometem a auxiliar um ao outro. Essencialmente, ocorre um acordo militar entre dois guerreiros que se comprometem a prestar auxílio mútuo em caso de guerra. Na medida em que o Estado se fragilizou, essa cadeia de auxílio militar era extremamente importante para que os senhores mantivessem a posse de suas terras.

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