quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Vetores


Grandezas

  Na física, chamamos de grandeza qualquer coisa que pode ser medida. As grandezas podem ser divididas em grandezas vetoriais e grandezas escalares.

  As grandezas escalares só necessitam de um valor para completar seu sentido. Temos como exemplo o tempo, já que precisamos somente do módulo (valor) do tempo e a unidade de medida (segundos, minutos, hora etc.) para seu compreendimento.
  Já as grandezas vetoriais dependem de outras informações para compreendimento total. Temos como exemplo: "eu me movi um km". Só com este fragmento não é possível determinar o local específico para onde se moveu. Para fazer sentido, a distância precisaria também de um sentido (direita/esquerda, cima/baixo) e uma direção (horizontal/vertical).

   Alguns exemplos de grandezas vetoriais são: força, velocidade, aceleração, deslocamento...
   Alguns exemplos de grandezas escalares são: volume, temperatura, comprimento, peso...

   Na física, utiliza-se dos vetores para representar grandezas vetoriais. Um vetor é representado por uma seta, e sempre possui um módulo (valor), um sentido e uma direção.

   Dois vetores são iguais quando possuem mesma direção, sentido e módulo. Dois vetores são opostos quando têm o mesmo módulo, direção e sentidos contrários. Veja a imagem:


Operações com vetores


  Para determinar o vetor soma, utilizamos a seguinte fórmula:


  Para descobrir o valor (modulo) do vetor soma, utilizamos a seguinte fórmula caso os dois vetores tenham a mesma direção e mesmo sentido:

R = a + b

  Para descobrir o módulo de dois vetores que têm a mesma direção e sentidos contrários, utilizamos a seguinte:

R = a - b

  Já para descobrir o módulo do vetor soma de dois vetores com direções e sentidos diferentes, utilizamos o método do paralelogramo:




  Onde o cosseno é do ângulo formado entre o vetor a e b.

  Se dois vetores forem perpendiculares (formarem um ângulo de 90º), utiliza-se o teorema de Pitágoras para descobrir o módulo do vetor resultante:



Decomposição de vetores


  Podemos substituir um vetor soma dado por duas componentes ortogonais, que formam um triângulo retângulo.








A Ligação Iônica

Sejam bem-vindos à uma nova postagem no Prático & Básico, meus amigos!

E nela iremos explorar duas ligações químicas, que são a ligação iônica e introduzir a ligação covalente. A ligação metálica fica pra outra postagem, tudo certo? Mas antes precisamos saber das propriedades dos elementos e das famílias da Tabela Periódica para compreendermos melhor o assunto. Sem mais delongas, vamos adentrar no conteúdo! :)

PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

A partir de agora o que basta é apenas algumas propriedades dos metais, ametais, semimetais, gases nobres e do hidrogênio para compreendermos depois as ligações químicas abordadas.

METAIS: São bons condutores de calor e temperatura, possuem brilho e são capazes de mudar de forma com facilidade (maleáveis). Perdem elétrons e formam cátions.

AMETAIS: Não conduzem eletricidade, não possuem brilho e não são maleáveis. Ganham elétrons e formam ânions.

SEMIMETAIS: São intermediários dos metais e ametais. Podem perder ou ganhar elétrons formando ânions ou cátions.

GASES NOBRES: Não formam ligações e têm 8 elétrons na camada de valência, exceto o Hélio que possui 2 elétrons de valência.

HIDROGÊNIO: Não faz parte de nenhum período e família da Tabela Periódica e é o elemento químico mais abundante do Universo. Fica estável com 2 elétrons de valência.

PROPRIEDADES DAS FAMÍLIAS

Nesta parte iremos conhecer algumas propriedades das famílias A, que são os metais representativos. As famílias B, que são os metais de transição, ficam para uma próxima postagem.

1A: São metais. Tendem a perder 1 elétron.
2A: São metais. Tendem a perder 2 elétrons.
3A: São metais. Tendem a perder 3 elétrons.
4A: São semimetais. Tendem a perder ou ganhar 4 elétrons.
5A: São ametais. Tendem a perder ou ganhar 3 elétrons.
6A: São ametais. Tendem a perder ou ganhar 2 elétrons.
7A: São ametais. Tendem a perder ou ganhar 1 elétron. 
8A: São gases nobres. Já são estáveis.

TEORIA DO OCTETO

Verificou-se que os gases nobres eram átomos livres e estáveis pois tinha 8 elétrons na camada de valência. Então a Teoria do Octeto diz que para um átomo adquirir estabilidade, é necessário ter 8 elétrons de valência. As ligações químicas fazem com que essa estabilidade ocorra.

A LIGAÇÃO IÔNICA

Na ligação iônica ocorre a transferência de elétrons. Ou seja, para adquirir estabilidade, um átomo irá dar elétrons e outro irá receber. Essa ligação geralmente acontece entre metais e ametais. Como vimos nas propriedades dos elementos químicos, os metais tendem a perder elétrons e os ametais a ganhar. Dependendo da família, irão perder ou ganhar uma quantidade de elétrons, visto nas propriedades das famílias. Então vamos mostrar o exemplo do 11Na e do 17Cl.

Precisamos descobrir a configuração eletrônica dos dois elementos.

Na: 1s2, 2s2, 2p6, 3s1.
Cl: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2 3p5.

Vimos que o Na é da família 1A e o Cl é da família 7A. A família 1A (metal) tende a perder 1 elétron e a família 7A (ametal) tende a ganhar 1 elétron. Irá ocorrer a transferência de elétrons. Se o Na fornecer 1 elétron para o Cl, eles terão 8 elétrons de valência, ficando estáveis. Já que o Na ficará cátion e o Cl ânion (Na+Cl-), eles irão se atrair formando o NaCl.


Vamos ver outro exemplo: 13Al e 8O.

Al: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p(3A - Metal).
O: 1s2, 2s2, 2p4 (6A - Ametal).

O Al tende a perder 3 elétrons e o O, a ganhar 2 elétrons (Al3+O2-). Isso quer dizer que serão necessários 2 alumínios e 3 oxigênios para ocorrer a estabilidade, pois apenas um átomo de cada não é suficiente para que ambos possuam 8 elétrons de valência.. Basta fazer a transferência de elétrons.


Formou-se então o Al2O3. Todos os átomos ficaram estáveis e assim ocorreu a ligação iônica.

A LIGAÇÃO COVALENTE (introdução)

Na ligação covalente ocorre o compartilhamento de elétrons. Ou seja, para adquirir estabilidade os átomos irão usar o mesmo elétron para se estabilizar. Essa ligação geralmente ocorre entre ametais e ametais, hidrogênio e não-metais, hidrogênio e hidrogênio. Vejamos o exemplo do 1H e do 1H.

H: 1s1

Os dois querem ganhar 1 elétron para se estabilizar.


Os dois elementos ficaram estáveis, formando o H2. Na fórmula estrutural, esse elemento químico é representado por H – H.

Vejamos agora o exemplo do 6C e do 8O.

C: 1s2, 2s2, 2p2 (4A - Semimetal).
O: 1s2, 2s2, 2p4 (6A - Ametal).

O oxigênio precisa de apenas 2 elétrons e o carbono, ou perde ou ganha 4 elétrons. Entre um semimetal e um ametal ocorre a ligação covalente. Mesmo os dois compartilhando 2 elétrons, o Carbono ainda precisará de mais 2. Por isso, vamos adicionar outro átomo de oxigênio para conseguirmos fazer com que ambos fiquem estáveis.


Os dois elementos ficaram estáveis, formando o CO2. Na fórmula estrutural, esse elemento químico é representado por O = C = O.

Então é isso, meus amigos! Muito obrigado pela atenção de todos durante a leitura. Espero que tenham gostado e que não tenha ficado nenhuma dúvida. Caso alguma dúvida tenha remanescido, basta usar a secção de comentários que eu irei respondê-los. Até a próxima!

Vejo vocês em breve.
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Barroco




  O Barroco foi uma arte literária, havia conflito entre a (teocentrismo, Deus era o centro do universo), que lembrava a Idade Média e a razão (paganismo, antropocentrismo), inspirado no Renascimento.

  Nesta época era comum o pensamento mórbido, isto é, preocupação com a morte, pensamento em doenças etc.

  Foi muito comum o uso de duas tendências de escritura: cultismo e conceptismo. Cultismo é o gosto pelo jogo de palavras, e um grande número de figuras de linguagens e vocabulário avançado, e exploração da imagem. Já o conceptismo é o jogo de ideias, constituído por várias analogias, histórias e o uso do raciocínio.

  Veja as características gerais do Barroco:


  • Conflito entre antropocentrismo (razão) e teocentrismo (fé);
  • Morbidez (pensamento doentio) e preocupação com a morte;
  • Sensualismo e idealização amorosa;
  • Preocupação em entender o fluir do tempo;
  • Cultismo e conceptismo;
  • Gosto por inversões e figuras de linguagens, principalmente da antítese, relacionada diretamente ao conflito religioso. Era muito comum o uso de palavras como Deus e Diabo, Céu e Inferno etc.
  • Carpe diem (relacionado ao fluir do tempo, significa "aproveita o dia", ou seja, o desejo de aproveitar a vida até o seu fim, que quase sempre resultava num convide amoroso)

Barroco no Brasil


Contexto:

  • Ocorre na Bahia (na época, Salvador era a capital);
  • Ciclo da cana-de-açúcar, que foi a primeira grande forma de economia brasileira;
  • Frequentes invasões holandesas.

  O marco inicial do Barroco brasileira é considerado o poema Prosopopeia, de Bento Texeira, um poema que procurava imitar Os lusíadas. Tivemos importantes poetas neste momento, e os que mais se destacaram foi Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos.

  Pe. Antônio Vieira foi uma das principais expressões barrocas. Ele tem várias obras tanto na literatura portuguesa quanto na literatura brasileira. Entre suas obras, podemos destacar profecias, cartas e sermões. Alguns exemplos de suas obras são o Sermão da sexagésima, Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio...

  Já Gregório de Matos foi o maior poeta barroco brasileiro, e criou a poesia lírica e satírica. Devido às suas severas críticas, foi perseguido pelo governador baiano Antônio de Souza Menezes. Também lhe foi atribuído o nome de Boca do Inferno, devido às suas críticas à igreja.
  Sua lírica se divide em amorosa, religiosa e filosófica. A amorosa se destaca o dualismo amoroso entre a carne e o espírito, que leva a um sentimento de culpa espiritual. Já a religiosa, que foi a principal, destaca-se o uso de temas como o amor a Deus, a culpa, arrependimento, pecado e perdão.
  Sua sátira critica o clero, o governos, os comerciantes, os negros etc.



terça-feira, 8 de setembro de 2015

Guerra Fria - Resumo

  A Guerra Fria foi um período de 1945 a 1991, onde duas superpotências mundiais (Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ou URSS) disputavam indiretamente o domínio de áreas de influência.

  De um lado estavam os Estados Unidos, com uma ideologia capitalista, e o outro a URSS, com uma ideologia socialista.Veja uma comparação entre as duas ideologias:




  O contexto da guerra se inicia no fim da Segunda Guerra Mundial. Com a vitória dos Aliados (EUA, URSS, Inglaterra) sobre o Eixo (Alemanha, Itália, Japão).

  Emergem duas superpotências, uma com ideologia totalmente contrária a outra. A partir daí, já se vê um clima de tensão surgindo.

  Pode-se marcar o fim da Segunda Guerra com o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, levando ao rendimento incondicional. Isso foi, na verdade, um aviso à URSS dos EUA, mostrando o seu poder bélico.

  Depois, fica-se sabendo que a URSS também contava com armamento nuclear, o que levou a um pânico por parte do governo estadunidense, iniciando o chamado Macarthismo, em que os Estados Unidos perseguiram e espionaram agressivamente qualquer pessoa suspeita de conspirar com os comunistas. Não havia provas para a maioria dos casos. (Joseph McCarthy foi uma pessoa executada nesse movimento, e se tornou o símbolo do período, com o nome)

  Essa intensa corrida nuclear assustou o mundo. Não é exagero, tanto os EUA quanto a URSS tinham poder bélico para explodir o mundo diversas vezes. Este medo que uma guerra direta explodisse entre as potências apavorou todo o mundo. Este medo ficou conhecido como Terror Nuclear.

  A guerra foi marcada por intensos conflitos políticos, de disputas ideológicas e pela corrida armamentista, militar e espacial. Os dois países utilizaram-se da espionagem (CIA, por parte dos EUA, e KGB por parte da URSS) para satisfazer seus interesses.

  Nesse contexto, foi criado o Plano Marshall, um plano de reconstrução econômica dos países Aliados europeus, que foram prejudicados na Segunda Guerra Mundial, e conquistar apoio político. Também foi criada a COMECON pelos soviéticos, que tinha o mesmo objetivo.

  Os Estados Unidos criou também a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), um pacto militar entre países aliados aos EUA, unindo seus exércitos no caso de uma ameaça externa ao tratado. Enquanto isso, a URSS criou o Pacto de Varsóvia.

  O símbolo da Guerra Fria foi o Muro de Berlim, um muro construído pelos soviéticos em Berlim, na Alemanha, que dividia a Alemanha Ocidental (capitalista) e a Alemanha Oriental (socialista), evitando fugas. A divisão entre países capitalistas e socialistas através do muro ficou conhecido como Cortina de Ferro.

  O termino da guerra é considerado por alguns historiadores em 1989, que marcou a Queda do Muro de Berlim, porém o conflito foi realmente finalizado em 1991, com o fim da URSS.




segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Estrutura e Formação das Palavras

A Língua Portuguesa é maravilhosa!

O Português possui raízes no Latim, portanto a maioria das nossas palavras se assemelham ao desse antigo idioma, muito usado pela Igreja Católica (eclesiástico). E hoje vamos estudar a estrutura e o processo de formação das palavras. Elas são estruturadas a partir de morfemas, responsáveis pelo sentido, e formadas a partir de neologismos, que são palavras originadas de outras já existentes. Vamos conhecer mais esses morfemas e neologismos para compreender a organização deles nas palavras.

MORFEMAS

Radical: é o significado básico de uma palavra. A partir de um radical, podemos formar várias outras palavras.

Beber
Bebe
Bebida
Bebidas
Bebido
Bebeu
Bebíamos

No caso, o radical é Beb, comum em todas as palavras formadas, que fazem parte de uma família de palavras.

Afixos: aparecem antes do radical como prefixos e depois como sufixos, modificando seu sentido. Às vezes aparecem juntos. Outras vezes, não.

Entardecer
Emagrecer

Desinências: são colocadas após os radicais, podendo ser nominais (substantivo) ou verbais (verbo). Desinências nominais informam o gênero e o número dos substantivos, enquanto as verbais informam o modo, o tempo, o número e a pessoa dos verbos.

Lindos
Lindas
Brindássemos

Vogal temática: informa a conjugação do verbo.

Cantamos (1ª conjugação) -a
Fazendo (2ª conjugação) -e
Partia (3ª conjugação) -i

Tema: a junção do radical e da vogal temática.

Cantamos
Fazendo
Conduzia

A primeira parte já está terminada! Vamos para a segunda e última.

NEOLOGISMOS

Derivação: consiste em formar palavras derivadas a partir de uma primitiva. São seis tipos.

Prefixal: acréscimo de um prefixo.
Sufixal: acréscimo de um sufixo.
Parassintética: acréscimo de um prefixo e um sufixo simultâneos.
Prefixal e sufixal: acréscimo de um prefiro e um sufixo não simultâneos.
Regressiva: eliminação de morfemas.
Imprópria: possui sentido figurado.

Inapto
Realismo
Emagrecer
Infelizmente
Lutar ~ Luta
Saiu uma bomba na mídia.

A principal diferença entre a parassintética e a prefixal e sufixal está na eliminação dos prefixos e sufixos. A palavra emagrecer ficaria magr e infelizmente, feliz. Enquanto magr é um radical, feliz é uma palavra primitiva.

Composição: união de palavras.

Justaposição: palavras se juntam.
Aglutinação: palavras se misturam.

Quinta-feira
Pé-de-meia
Couve-flor
Planalto (plano + alto)
Embora (em + boa + hora)

Onomatopeia: sons e ruídos.

Tique-tique
Tlim-tlim
Cacarejar

Redução: resume as palavras. São as siglas, as abreviações e as abreviaturas.

OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)
ONU (Organização das Nações Unidas)
Funai (Fundação Nacional do Índio)
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)
RG (Registro Geral)
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano)
FAE (Fundo de Apoio ao Estudante)
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
PR (Partido da República)
PT (Partido dos Trabalhadores)
PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira)
Moto (Motocicleta)
Pneu (Pneumático)
MG (Minas Gerais)
SP (São Paulo)
p. (Página)
Av. (Avenida)

Então é isso! Agradeço a você que acompanhou esta publicação até o final e que ela tenha lhe ajudado de alguma forma. Caso tenha alguma dúvida, não se esqueça de comentar para que ela seja esclarecida. Fique ligado no Prático & Básico!

Vejo você em breve.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

José Lins do Rego: Sua Biografia

E a vida? Tá indo?

O autor renomado José Lins do Rego, cujo Magnum opus é intitulado Fogo morto, vai ganhar um espaço para sua biografia aqui no Prático & Básico. Será a primeira publicação desse tipo e, caso a ideia seja interessante, outros grandes nomes terão lugar numa secção especial. Sem mais delongas!

BIOGRAFIA

José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 3 de junho de 1901 no engenho Corredor, na cidade de Pilar, localizado no estado da Paraíba. Seu pai era João do Rego Cavalcanti e sua mãe se chamava Amélia do Rego Cavalcanti.

O mundo rural nordestino da época, relacionado aos engenhos de cana-de-açúcar, serve de inspiração para tornar-se um escritor romancista e regionalista. Em 1923 começou a publicar artigos em suplementos literários. 

Formou-se em advocacia, aos 22 anos. Em 1924 casou-se com Filomena Massa, apelidada de Naná, com quem teve três filhas. Se chamavam Maria Elizabeth, Maria da Glória e Maria Cristina, respectivamente. Em 1925 é nomeado promotor público em Manhuaçu, Minas Gerais. No ano seguinte, deixa o Ministério Público e vai para Maceió, Alagoas, trabalhando como fiscal de bancos. Integra-se a um grupo de intelectuais composto por Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aureliano Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti e outros e escreve seus três primeiros romances, intitulados Menino de Engenho, Doidinho e Banguê.

Menino de Engenho foi sua primeira obra literária, publicado em 1932 com a primeira edição custeada por ele mesmo. As próximas seriam com a editora José Olympio. Recebe o prêmio da Fundação Graça Aranha. Os críticos da época o elogiavam e a edição de dois mil exemplares foi quase toda vendida no Rio de Janeiro.

Devido a esse fato, José Lins pega o embalo e publica 12 romances, um volume de memórias, livros de viagem, de literatura infantil, de conferências e de crônicas.

Em 1935, é nomeado fiscal do imposto de consumo, mudando-se para o Rio de Janeiro e vivendo por lá até o fim de sua vida.

Em 1943, publica Fogo morto, que de acordo com Carlos Drummond de Andrade é um epílogo magistral — a sua obra marcante.

Em 15 de setembro de 1955, José Lins foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, como sucessor de Ataulfo de Paiva.

Em 12 de setembro de 1957, o escritor acaba falecendo. Foi enterrado no mausoléu da Academia, no cemitério São João Batista.

PRINCIPAIS ROMANCES

1932 Menino de engenho
1933 Doidinho
1934 Banguê
1935 O moleque Ricardo
1936 Usina
1937 Pureza
1938 Pedra Bonita
1939 Riacho Doce
1941 Água-mãe
1943 Fogo morto
1947 Eurídice
1953 Cangaceiros
1980 Romances reunidos e ilustrados

Todas as informações foram retiradas e adaptadas dos dados bibliográficos do autor de Menino de Engenho, edição nº 92 da editora José Olympio.

Então é isso! Muito obrigado pela leitura, espero que tenha gostado. Recomendo bastante a leitura das obras de José Lins do Rego, que marcaram a Literatura Brasileira. Até a próxima!

Vejo você em breve.

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