segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Eletroquímica I - Introdução e oxi-redução

A eletroquímica estuda a relação entre corrente elétrica e reações químicas.
   Eletroquímica
Introdução

   Hoje sabe-se que que a eletricidade, ou melhor, a corrente elétrica é um fluxo de elétrons que transitam pelo fio. 
   A energia elétrica pode ser produzida a partir de geradores elétricos, dínamos e alternadores, que convertem energia mecânica em elétrica, e por pilhas e baterias, que convertem energia química em elétrica.
   As pilhas e baterias produzem energia elétrica (corrente elétrica) a partir de reações de oxi-redução, as quais veremos a seguir. Chama-se eletrólise a reação inversa, em que a corrente elétrica provoca uma reação química.

   Eletroquímica é o estudo das reações químicas que produzem 
ou são produzidas por corrente elétrica.

Oxi-redução

Reações de oxi-redução ou redox são reações químicas em que 
ocorre transferência de elétrons.

   O ato de perder elétrons é chamado de oxidação. Como sabemos, metais no geral sofrem oxidação facilmente.
   Já o ato de ganhar elétrons é chamado de redução. Como também sabemos, não-metais no geral sofrem redução facilmente.

   Por exemplo, numa ligação iônica simples:

Na⁺ + Cl⁻ → NaCl

   O sódio (Na) sofre oxidação – isto é, perde um elétron que será recebido pelo cloreto (Cl⁻), sofrendo redução. Como o sódio provoca a redução do cloreto, ele é chamado de agente redutor. E como o Cl⁻ provoca a oxidação do sódio, ele é chamado de agente oxidante
    
   Um conceito muito importante para a compreensão de reações redox é o número de oxidação (nox). O nox de um elemento corresponde à sua tendência de atrair os elétrons envolvidos nas ligações que realiza. (+ perde elétrons; - ganha elétrons)

   Números de oxidação fixos:
  • O nox de substâncias simples é 0 (Cl₂, Fe...)
  • O nox de íons monoatômicos é a própria carga do íon (Cl⁻ = -1)
  • Metais da família 1A e a prata (Ag) têm nox +1 
  • Metais da família 2A e o zinco (Zn) têm nox +2 
  • O hidrogênio tem nox +1 no geral e -1 para hidretos metálicos (NaH)
  • O oxigênio tem nox -2 no geral, mas pode ter -1 para peróxidos e -1/2 para superóxidos
  • O alumínio (Al) e o bismuto (Bi) têm nox +3
   Os outros elementos possuem nox mínimo igual à sua carga estável e nox máximo igual ao número de elétrons na última camada do elemento ou sua família.
   Por exemplo, o cloro está na família 7A e se estabiliza ao perder 1 elétron. Portanto, seu nox varia de -1 a +7.

   Para compostos covalentes, devemos ter noção de uma regra básica: A soma do nox de cada elemento deve ser igual à carga total da espécie. Para espécies neutras – isto é, moléculas, a soma total do nox deve ser igual a 0.

   Para o composto a seguir: HClO₃
   Já sabemos o nox fixo do H (+1) e do O (-2). Podemos calcular então o nox do Cl:
   +1 + Cl + 3 * (-2) = 0
   Cl = +5

   Para o íon cromato CrO₄²⁻
   Já sabemos o nox fixo do O, e a soma total de nox deve ser igual à carga do íon (-2):
   Cr + 4 * (-2) = -2
   Cr = +6
Balanceamento por oxi-redução

Vamos balancear a reação a seguir:
  • 1º passo: encontrar o nox de cada elemento da reação:
  • 2º passo: verificar quais elementos variaram o nox e de quanto foi a variação:


  • 3º passo: multiplique a variação de cada nox pelo maior índice e simplifique se possível
   Oxidação: 4 × 1 = 4 / 2 = 2 (S ou SO₂)
   Redução: 3 × 2 = 6 / 2 = 3 (K₂Cr₂O₇ ou Cr₂O₃)

  • 4º passo: troque os coeficientes: (o do S / SO₂ vai para o K₂Cr₂O₇ / Cr₂O₃ e vice-versa)
  • 5º passo: balancear por tentativas:


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