domingo, 20 de novembro de 2016

Parnasianismo

O parnasianismo é uma escola literária ou um movimento literário essencialmente poético.

Introdução

   Em meio às manifestações artísticas que surgiram na segunda metade do século XIX, das quais podemos citar, por exemplo, o Realismo e o Naturalismo (que, de algum modo, funcionavam como reação às manifestações românticas), surgiu na França um movimento poético com características muito especiais. 
   Se, de um lado, esse movimento se aproximava dos ideais realistas, pelo fato de valorizar mais a objetividade do que a subjetividade, por outro, afastava-se deles, uma vez que não tinha nenhuma preocupação com a crítica social. 
   Em apenas dois lugares no mundo essa escola, chamada de Parnasianismo, ganhou espaço: França e Brasil. A França, por ser o berço da Belle Époque; o Brasil, por ser muito influenciado por aquele país.

Parnasianismo no Brasil

   De origem francesa, o Parnasianismo representou uma reação ao engajamento social dos condoreiros e dos realistas. Seus partidários defendiam o ideal de arte pela arte (metalinguagem), ou seja, que a poesia deveria ter um fim em si mesma, em vez de preocupar-se com análises ou denúncias sociais.
   O ideal de arte pela arte, associado à “aristocracia de espírito” dos poetas e leitores do período, determinam as demais características do Parnasianismo: 
  • Inspiração na Antiguidade Clássica;
  • Preocupação formal;
  • Elegância de expressão;
  • Descritivismo;
  • Referências eruditas;
  • Impassibilidade.
   A poesia parnasiana no Brasil conta com um grande nome: Olavo Bilac. Seu livro mais importante é Poesias, cuja primeira edição foi publicada em 1888. Essa obra foi reeditada, com acréscimo de poemas, em 1902. Ela é dividida em três partes: “Panóplias”, com versos francamente parnasianos; “Via Láctea”, em que se exploram as potencialidades do soneto; e “Sarças de fogo”, em que Bilac chega a negar a impassibilidade parnasiana.

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