terça-feira, 16 de agosto de 2016

Racionalismo

René Descartes: Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel.

RACIONALISMO

    O racionalismo é uma das teorias do conhecimento existentes na Filosofia. De acordo com esta teoria, o conhecimento seguro pode ser adquirido apenas através da razão e do pensamento. Para os filósofos racionalistas, o saber é inato ao homem, ou seja, a ele o pertence desde seu nascimento. Pode-se dizer que todo o conhecimento se origina da mente.

DESCARTES

    Descartes, filósofo francês, foi o fundador do racionalismo moderno, afirmou que o único método válido para a ciência é o método racionalista dedutivo característico da matemática. O processo do conhecimento começa com a intuição, a percepção intelectual imediata, a partir da qual o raciocínio se desenvolve em análise e síntese; a análise isola e separa as noções intuitivas simples que irão compor o processo dedutivo que resulta na síntese destas proposições primárias, levando a uma conclusão através desta cadeia dedutiva puramente racional. Ou seja, para este filósofo, o conhecimento seguro só pode ser adquirido através da dúvida.

ESPINOSA

    Espinosa, filósofo holandês do século dezessete. O racionalismo cartesiano de Descartes é assumido de forma radical por Espinosa, levando-o a desenvolver o problema das relações de Deus com o universo através do monismo: A existência de uma substância única formadora do universo. Na verdade, ele adotou o panteísmo das religiões orientais, onde o universo e a natureza são extensões do Ser de Deus. Ou seja, para este filósofo, tudo é manifestação divina.

LEIBNIZ

    Gottfried Wilhelm von Leibniz, filósofo alemão que estabeleceu uma síntese entre o racionalismo matemático e as necessidades do homem quanto às causas contingentes e a liberdade, chegando à negação da realidade material que é vista por ele como uma aparência filtrada através do espírito, desta forma ele volta ao panteísmo de Espinosa para tentar explicar o relacionamento do mundo físico com o espiritual.
    Ele também faz esta explicação pelo panteísmo através da teoria das mônadas, que segundo ele, são átomos espirituais capazes de ação e atividade, e, cada uma destas mônadas, desprendidas da substância de Deus, reflete, ao mesmo tempo, sua individualidade e representa todo o universo em si mesma.
    Estas mônadas são eternas, imutáveis e completamente diversas umas das outras. Todas as mônadas são dotadas de capacidade de percepção, mas nem todas são conscientes desta percepção. Estas mônadas se hierarquizam em uma escala contínua até a mônada suprema que é Deus, esta mônada suprema seria a ordenadora e criadora de todas as outras.
    Estas mônadas não interagem entre si, desta forma, o universo é ordenado previamente por leis fixas e eternas que regulam a existência e o relacionamento entre as mônadas. Ou seja, para este filósofo, as mônadas são responsáveis pela existência da melhor possibilidade das causas contingentes: a realidade. Daí a conexão entre o real e o divino.

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