sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Populações e Relações entre os seres vivos

Sejam bem-vindos à uma nova postagem no Prático & Básico, meus amigos!

E nela iremos explorar o conceito ecológico de população e as relações que acontecem no ambiente entre os seres vivos. Vamos direto ao ponto! :)

POPULAÇÕES

Uma população é o número de indivíduos de uma mesma espécie que vivem no mesmo local durante um certo período de tempo. A Ecologia estuda o crescimento, a diminuição ou a manutenção das populações.

Para saber se uma população é bem distribuída em um ambiente, devemos saber a densidade dessa população. Para calcular a densidade, se faz o seguinte cálculo.

Densidade = Indivíduos/Área (espécies terrestres)
Densidade = Indivíduos/Volume (espécies aquáticas)

Essa densidade é afetada pela natalidade (nascimentos), mortalidade (mortes), imigração (integração de espécies) e emigração (desintegração de espécies). Os conceitos em verde fazem a densidade aumentar, enquanto os conceitos em vermelho a fazem diminuir.

Inicialmente, uma população passa a crescer exponencialmente. Há um potencial biótico que é a capacidade dessa população crescer em condições ideais. Em algum tempo, haverá uma resistência ambiental que irá se opor à esse crescimento. 

Ou seja, vai chegar uma hora que essa população chegará em sua carga biótica máxima, em que não será mais possível crescer nesse mesmo ambiente. Em seguida ocorrerão apenas flutuações devido à ação de predadores, falta de alimento, mudanças climáticas, entre outras. Também pode acontecer dessa população ser extinta. 

A seguir é possível verificar um gráfico de crescimento exponencial (à esquerda) e outro de curva logística (à direita).



Além disso, as populações também são influenciadas pelas relações entre seres vivos, na qual veremos agora.

RELAÇÕES ENTRE SERES VIVOS


Essas são as relações que ocorrem entre os seres vivos. Sabendo disso, basta agora conhecermos os conceitos para compreendermos o conteúdo como um todo.

As relações harmônicas são aquelas que não trazem prejuízos para nenhuma população, enquanto nas relações desarmônicas trazem prejuízos durante a associação entre populações. Ainda há o neutralismo, na qual nenhuma população é beneficiada ou prejudicada.

As relações intraespecíficas ocorrem entre seres vivos da mesma espécie, enquanto as relações interespecíficas ocorrem entre populações de espécies diferentes.

Uma sociedade é um agrupamento permanente de seres vivos da mesma espécie na qual há uma divisão de trabalho. Devido a esse costume, ocorre o que nós chamamos de polimorfismo morfológico, que é uma adaptação para uma espécie desempenhar seu trabalho de acordo com a sociedade. Essa divisão de trabalho formam grupos diferentes (classes), que são denominados castas. Existem, por exemplo, a sociedade das abelhas, dos cupins, das formigas etc.

Já a colônia é um agrupamento de indivíduos da mesma espécie que possuem mesmas características físicas, podendo ser homeotípica (não há divisão de trabalho e diferenças morfológicas) ou heterotípica (há divisão de trabalho e diferenças morfológicas. A colônia homeotípica é comum entre protozoários, algas e corais e a colônia heterotípica é comum entre caravelas (animais aquáticos cnidários).

No mutualismo há a associação entre seres vivos de espécies diferentes na qual ambos saem beneficiados, como por exemplo no ciclo do nitrogênio, entre leguminosas e bactérias do tipo Rhizobium.

Na protocooperação essa associação é opcional, ou seja, não é necessária em um ambiente. Por exemplo, entre um pássaro que se alimenta de carrapatos e um mamífero. O pássaro e o mamífero estão sendo beneficiados sem um depender do outro.

No inquilinismo uma espécie faz morada no corpo de outra espécie sem que haja prejuízos. Ocorre entre o peixe-palhaço e a anêmona.

No comensalismo uma espécie se associa a outra e apenas uma se beneficia, o que ocorre entre plantas epífitas (orquídeas) e árvores. As orquídeas conseguem uma posição privilegiada no topo das árvores, podendo captar a luz solar com maior facilidade. Não há nenhum prejuízo para as árvores. Essa interação é chamada de epifitismo.

Na competição intraespecífica seres de uma mesma espécie competem por recursos de um ambiente. 

No canibalismo, que é uma relação desarmônica intraespecífica, um ser se alimenta de outro e ambos fazem parte da mesma espécie. Ocorre, por exemplo, entre um peixe predador que se alimenta de peixes mais jovens.

Na competição interespecífica seres de espécies diferentes competem por recursos de um ambiente.

No amensalismo uma espécie se associa a outra e apenas uma se prejudica, como o que ocorre entre fungos e bactéricas. O fungo produz o antibiótico que inibem o crescimento de bactérias, o que é chamado de antibiose. O caso mais comum é quando uma manada de búfalos pisoteia, por exemplo, plantas e animais pequenos.

No parasitismo um parasita se instala no corpo de outra espécie para extrair alimento, trazendo prejuízos para o hospedeiro. Quando o parasita se encontra na parte exterior do corpo é denominado ectoparasita e quando se encontra na parte interior, endoparasita.

No predatismo uma espécie (predador) se alimenta de outra (presa) para sobreviver. Características como camuflagem (camaleão), coloração de advertência (rã venenosa) e mimetismo (borboletas que possuem cores semelhantes a animais venenosos) contribuem para o sucesso do predatismo. 

Se aproveitando do predatismo, foi criada uma técnica muito eficiente chamada controle biológico, na qual há o combate de espécies que destroem lavouras através da introdução de predadores no ambiente. É uma ótima substituta dos agrotóxicos, pois não causa poluição, porém é necessário estudar as condições da região para que não ocorra nenhum desequilíbrio ecológico.

Então é isso, meus amigos! Muito obrigado pela atenção de todos durante a leitura. Peço desculpas desde já pelo tamanho da postagem, porém são pontos importantes que não podiam ser deixados de lado e que facilitam a compreensão. Até a próxima!

Vejo vocês em breve.
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