Independências na África e na Ásia

Sejam bem-vindos à uma nova postagem no Prático & Básico, meus amigos!

E nela iremos explorar as independências na África e na Ásia, que ocorreram após a Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria. No final do século XIX, a maioria dos países africanos e asiáticos eram colônias das grandes potências europeias e na metade do século XX, estes países lutaram pela independência. Vamos conhecer e questionar a História! :)

FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A INDEPENDÊNCIA

• A resistência nativa contra o colonizador europeu;
• O enfraquecimento das potências europeias após a Segunda Guerra Mundial;
• O apoio dos países não alinhados, declarados países de 3.º mundo na Conferência de Bandung, na Indonésia, que permaneceram neutros na Guerra Fria.

NA ÁSIA

Na Ásia, o principal caso de independência é o da Índia, que era dominada por britânicos. Liderados por Mahatma Gandhi, os indianos enfrentaram a dominação através da resistência pacífica, utilizando a tática da desobediência civil, na qual os indianos não comprariam produtos ingleses e nem pagariam impostos.

O governo inglês, devido aos danos da 2.ª Guerra, à resistência indiana e à pressão de outros países, sentiu-se obrigado a negociar a independência, concluída em 1947. Assim, surgiram dois países independentes: a Índia, hindu, e o Paquistão, muçulmano. Um ano depois, Gandhi foi assassinado por “querer conciliar hindus e muçulmanos”.

NA ÁFRICA

Na África, houveram vários casos. Em Gana, antiga Costa do Ouro, os rebeldes utilizaram a mesma tática de Gandhi. No Quênia, através de guerrilhas. Na Guiné não foi diferente do Quênia. Na Guiné francesa, o líder do país negou participar da Comunidade Francesa, recebendo apoio de outros países africanos e da União Soviética. O caso da Guiné francesa inspirou vários outros países a sair dessa comunidade e declarar independência. No Congo, ocorreram diversas manifestações e greves e, logo após, movimentos separatistas que inspiraram as independências de Ruanda e de Burundi, antes unificados como Ruanda-Burundi. 

Na Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, os povos eram dominados pelo regime salazarista de Portugal. Surgiram vários movimentos de libertação da África, mas o governo fascista procurou acabar com todos eles. O descontentamento  com os gastos para frear as independências e as mortes de jovens portugueses que serviam o exército contribuíram para a eclosão da Revolução dos Cravos, em 1974, que derrubou o regime salazarista e contribuiu para a proclamação de independência.

Na África do Sul, os povos eram dominados pelo regime segregacionista, que atribuía vantagens à minoria branca sobre a maioria negra, separando-os da sociedade. Daí que surge a palavra apartheid, que significa separação. Diante dessa situação, foi fundado o Congresso Nacional Africano (CNA), em 1912. Em 1948, as leis do apartheid foram oficializadas e o CNA passou a protestar contra o governo racista. Nelson Mandela e outros líderes foram presos e condenados à prisão perpétua, o que intensificou a insatisfação da população negra.

Em 1976, os estudantes foram protestar contra a imposição do africâner nas escolas. No episódio conhecido como Massacre de Soweto, 170 crianças foram mortas nas manifestações. A opinião pública, sabendo disso, boicotaram a África do Sul e o governo teve de anular as leis do apartheid em 1990. Nelson Mandela foi libertado e o CNA deixou de ser considerado ilegal. Nas eleições de 1994, Mandela foi eleito presidente e restituiu às famílias negras as terras cujas propriedades haviam sido roubadas pelos regimes segregacionistas.

DESCOLONIZAÇÃO OU INDEPENDÊNCIA?

Em muitos livros, os episódios apresentados nesta postagem são referidos como descolonizações. Mas como pudemos ver, os europeus NÃO cederam opcionalmente as colônias. Na verdade, houve uma imensa luta para e uma combinação de fatores que causaram a libertação de vários países de seus colonizadores. Então o termo correto a se empregar é INDEPENDÊNCIA. visto que houve uma negociação forçada para a proclamação.

Então é isso! História é um conteúdo que eu prefiro abordar detalhes para maior compreensão, por isso não se assustem com a quantidade de textos. Caso alguma dúvida tenha surgido, falem agora ou calem-se para sempre!

Vejo vocês em breve.

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