segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vírus

O que é vírus?

Primeiramente, esse substantivo vem do latim vírus, que significa veneno. O adjetivo "virulento" — que significa "referente a vírus" — também está presente no vocabulário não científico, sendo usado como sinônimo de violento, venenoso, rancoroso.

Os vírus não são pluricelulares nem unicelulares. Não são sequer formados por células (são acelulares)!

A estrutura de um vírus é simples: é formado por um envoltório externo, e dentro dele há o material genético do vírus.

Para se reproduzirem, eles precisam se hospedar em uma célula (procariótica ou eucariótica). Por isso são parasitas do interior de células. Um vírus só pode ser considerado um ser vivo quando está dentro de uma célula hospedeira.

Eles são provocadores de doenças, como por exemplo, gripe; aids; dengue; sarampo; catapora; caxumba; varíola; hepatite infecciosa; raiva; febre amarela e poliomielite.

O modo de transmissão é variado. Vejam exemplos:


A gripe, o sarampo e a caxumba são transmitidas por gotículas de saliva contendo vírus. Eles geralmente estão presentes no ar.

Já o vírus da dengue é transmitido pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que o adquire ao picar uma pessoa contaminada. O vírus da febre amarela também é transmitido por picada de inseto (em ambiente silvestre, pelas fêmeas do gênero Haemagogus e em ambiente urbano, pelas fêmeas de Aedes aegypti).

O vírus da aids pode ser transmitido por uma simples perfuração de agulha. Quando duas pessoas, uma delas contaminadas, usam a mesma agulha na pele, a pessoa que não está contaminada irá adquiri-lo.

Também ao ingerir alimentos ou bebidas contaminadas por vírus, podemos adquirir doenças virais (causadas por vírus).

Não confunda transmissor com causador!

Quando um vírus está no interior de uma célula de um indivíduo, ele libera o seu material genético e, assim, consegue assumir o controle da célula e irá usar sua estrutura para produzir novos vírus. Depois, vão para outras células e esse processo será repetido. (por exemplo, a gripe, que invade as células do nariz ou da garganta).


As vacinas

Quando somos infectados por um vírus, nosso organismo imediatamente entra em atividade para combatê-lo e criar defesas contra ele. O funcionamento das vacinas se baseia justamente nessa capacidade de reação que o corpo já tem.

Vacinas são substâncias que podem ser administradas oralmente ou por injeção e que "enganam" o nosso corpo, fazendo-o achar que foi invadido pelo agente causador, desenvolvendo as defesas necessárias.

Se, um tempo após ter sido vacinado, um indivíduo for realmente infectado pelo agente causador da doença, seu organismo estará preparado para enfrentá-la e não ficará doente. Dizemos que o indivíduo foi imunizado contra a doença.

Há muitos meios diferentes usados para preparar as vacinas. Eles variam dependendo da doença. Um exemplo desses métodos é tornar o vírus inofensivo, por exemplo, por meio de aquecimento. Ao entrar no organismo de uma pessoa, tais vírus inofensivos desencadeiam a mesma resposta que o corpo teria se fosse infectado por vírus normais, criando imunidade à doença.

Já que as doenças de origem viral não podem ser tratadas com antibióticos, o que se deve fazer é preveni-las. A prevenção é feita com vacinas adequadas.

As vacinas contra a gripe não são completamente eficientes nas diferentes epidemias. Isso porque o vírus está sempre sofrendo pequenas mudanças em sua estrutura, decorrentes de alterações em seu material genético, chamadas mutações. O vírus da gripe deste ano não é igual ao do ano passado. Isso dificulta a obtenção de uma vacina que imunize contra todas as gripes.

Detalhes

Vírus são formados por cápsula proteica (capsídeo), e no seu interior encontramos DNA ou RNA. Os vírus: são acelulares; não produzem ATP; necessitam dos nutrientes, dos ribossomos e das enzimas das células para sua reprodução. A cápsula proteica do bacteriófago não entra na bactéria. O bacteriófago apresenta ciclo lisogênico, no qual a célula hospedeira não é destruída, e o ciclo lítico, no qual a célula é destruída. Nos dois ciclos, somente o DNA do vírus invade a bactéria, onde participa da produção de RNA mensageiro, que vai ao ribossomo para a produção de proteínas virais. As proteínas dos vírus formam novas cápsulas virais. Novas moléculas de DNA viral são produzidas para a formação de novos vírus. Vírus filhos saem da célula, que é rompida. No ciclo lisogênico, a molécula de DNA do vírus se incorpora com a cromatina da célula. Quando a célula se reproduz, também reproduz o material genético do vírus, porém, a célula não é destruída.
   Os retrovírus pertencem ao grupo dos vírus envelopados, os quais apresentam um envoltório lipoproteico. Dentro do HIV estão moléculas de RNA e algumas enzimas (transcriptase reversa, protease e integrase). Proteínas do HIV se ligam aos receptores de membrana dos leucócitos (linfócito T). A cápsula invade o linfócito, é aberta e libera seu conteúdo. A enzima transcriptase reversa catalisa a produção de DNA a partir das mensagens do RNA. O DNA produzido no hialoplasma do linfócito entra no núcleo da célula e é integrado ao DNA celular com o auxílio da enzima integrase. O DNA viral participa da produção de RNA mensageiro dentro do núcleo. O RNA mensageiro produzido sai do núcleo e se liga ao ribossomo para a produção de grandes proteínas virais. A enzima protease fragmenta a grande proteína em menores pedaços, que são utilizados na produção de novas cápsulas virais. Novos vírus saem do linfócito levando parte da membrana plasmática.

Agora é a sua vez!

1. Por que os vírus são considerados parasitas do interior das células?

Porque para se reproduzirem, eles precisam se hospedar em uma célula.

2. O que significa dizer que um indivíduo está imunizado? Em que situações pode ocorrer tal imunização?

O organismo não ficará doente, está preparado para enfrentar o agente causador. Quando o indivíduo for infectado pelo agente causador.

3. Como é a estrutura de um vírus em termos gerais?

Formado por um envoltório externo, e dentro dele é encontrado o material genético do vírus.

4. Os vírus são seres vivos? Explique.

Apenas quando são parasitas das células. Porque fora delas eles não têm características de um ser vivo.

5. A vacina deve ser aplicada antes ou depois da invasão dos agentes causadores? Explique.

Antes. Porque a vacina apenas previne-os.

Bons estudos!

Segunda, 7 de outubro de 2013.
Fontes: Ciências Naturais do 7º ano, de Eduardo Leite do Canto; Zé Moleza e Wikipédia.
Nenhuma modificação.


"Muitos são os obstinados que se empenham no caminho que escolheram, poucos os que se empenham no objetivo."


Nietzsche, Friedrich

~Igor M. Silva

1 comentários:

  1. Esse conteúdo é muito importante para esclarecer tantas dúvidas.
    Gostei muito! (Tia Dileninha)

    ResponderExcluir